quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Hombreira

Vagas cheirando a brisas das balseiras
Que vêm do oceano, num suspiro apenas,
E trazem conchas d'oiro e de açucenas,
A' flor da areia, expondo-as em fileiras.

Grutas soltas de nácar : mais não queiras
Nestes poemas ter;são vãs phalenas,
Que, para ir illudindo algumas penas.
Ato ás asas da noite, e ahi vão ligeiras.

Verás algumas pérolas, se fores,
Quando as ondas não crespas vão rolando.
Quando da tarde a luz cambiando as cores,

E ora azul e ora verde o mar baixando.
Têm nas escamas trêmulos fulgores,
E abrem-se às praias num bocejo brando . .

2 comentários:

  1. Prezado sr. Luiz Delfino, parabéns pelo Blog, por seus escritos e pela frase que colocou no e-mail ""Quem lhes pode explicar que o que interessa,simplesmente, não é o saber sempre mais que se gabe,mas tão-somente o Viver, apenas, o que se sabe!" José Dias Egipto

    Isso mesmo, tudo em nós pode ser vaidade, exceto o que confessamos ao Coração de Deus nossas vaidades.

    Abraço fraterno
    Denilsa Moreira

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  2. SONETO A LUIZ DELFINO - *25.8.1834 - +31.1.1910 - P.Alegre - RS - em 17.11.2011 - . -

    Luiz Delfino, vate portentoso,
    só de sonetos compôs mais de mil;
    e cultuou o amor carnal e o gozo
    com verve poderosa e varonil.

    Não me canso de ler o caudaloso
    rio dos versos de calor febril,
    que brilham no céu límpido e formoso,
    quando aparece assim da côr de anil !

    Quantas musas e deusas exaltou
    nessas poesias cultas que criou
    com tanto esmero e assaz dedicação !

    Por tudo o que deixou-nos na escritura
    de tantas obras na literatura,
    merece dos leitores a ovação !

    IALMAR PIO SCHNEIDER



    Para o confrade amigo Severino Silveira de Sousa,
    com a estima e consideração do autor.


    Ialmar Pio Schneider



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